sábado, 20 de abril de 2013

MELHORAMOS SIM, O ENSINO DE CIÊNCIAS

Goiânia - Ano III - 126
 
Olá Químicos e Agregados.
 
Estava por esses dias pensando no ensino de ciências.
 
Há pelo menos uns 15 anos trabalho diretamente com o ensino de química e mais recentemente tenho orientado físicos e biólogos.
 
Quais aspectos são importantes para melhorar o ensino de ciências?
 
O que fizemos nos últimos 30 anos para melhorar de fato o ensino de ciências? Por que parece que hoje não é melhor do que era?
 
Acho essas perguntas acima um pouco falaciosas. De vez em sempre, os pesquisadores das áreas técnicas vêm com essas perguntinhas capciosas.
 
Eu acho sinceramente, que nós, pesquisadores, alunos e professores da área melhoramos sim o ensino de ciências no Brasil.
 
Hoje, não decoramos a tabela periódica nem o componente das células, muito menos temos necessidade de memorizarmos fórmulas extensas e inúteis. Em grande parte das vezes não precisamos mais saber o que são isótonos ou isóboros. O conceito de Evolução perpassa os outros conceitos em Biologia nos livros didáticos de nível médio. Na genética não se discute apenas o Aa, Bb, Cc (azão, azim, bezão, bezim). A física moderna já é assunto do terceiro ano do nível médio.
 
Os livros didáticos passam por crivos de pesquisadores do Brasil inteiro, e apesar de ainda terem algumas falhas, são muito melhores do que os livros os quais estudei.
 
Às vezes falhamos mas tentamos ser interdisciplinares e usar também a contextualização. 
 
Todas essas pequenas mudanças na escola são resultados das discussões que saíram da academia a partir de vários trabalhos de pesquisadores da área que não ficaram presos em estantes ou impressos em artigos inatingíveis.
 
Quando converso com professores do nível médio de várias regiões do país, ouço relatos de uso de jogos, de experimentação, de gincanas, de teatro, de aulas fora da sala de aula, além de avaliações diferenciadas na tentativa de atrair a atenção de nossos alunos.
 
Assim, como podem nos perguntar ou interrogar se melhoramos ou não o ensino de ciências no Brasil? É claro que melhoramos. Há um longo caminho a percorrer? Claro que há. Não corro disso.
 
No entanto, não posso aceitar o fato de que não houve mudança nenhuma, porque houve.  Mas por que ainda saímos tão mal em avaliações internacionais em Ciências? Uai. Por que ainda temos muito o que andar nessa seara. Fico imaginando se não houvesse no Brasil a insistência em se manter uma área de ensino de ciências nos institutos e faculdades. Não tenho dúvida que a nota seria ainda menor.
 
Os caminhos para melhora ainda mais já são mais do que chatos e repetitivos: melhorar a carreira de professores, em nosso caso, de ciências; ter uma divulgação científica de qualidade para a comunidade (nesse caso, dependente do professor bem formado. Eles são os melhores divulgadores científicos, não eu, na minha sala).
 
Para terminar, eu poderia perguntar aos meus amigos pesquisadores da área técnica. E vocês? De fato melhoram a ciência de base no Brasil, fazendo com que isso acelerasse nosso crescimento? Sei que muito falta a fazer nessa área também, mas, nunca vou afirmar que não conseguiram, pois, assim como nós, fazem o que é possível fazer.
 
É isso. O assunto é longo. Fiquem a vontade na discussão.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

LEQUAL - 9 ANOS

Goiânia - Ano III - 125

Olá Químicos e Agregados.

Estou muito feliz no dia de hoje, 01 de Abril, já que o LEQUAL (Laboratório de Educação Química e Atividades Lúdicas, www.lequal.com.br) completa hoje 9 ANOS.

Tudo bem, aceito piadinhas do primeiro de abril, mas é verdade.

O LEQUAL foi criado por mim no agora distante dia 01 de Abril de 2004. A ideia básica, que acredito, ainda não se perdeu, é ser um laboratório de referência nacional em trabalhos voltados para o ensino de jogos e atividades lúdicas em ciências, principalmente a química. Atualmente não orientamos e trabalhamos somente nessa área, sendo que nosso espectro de pesquisa aumentou bastante nos últimos 4 anos.

Além disso, ser um ambiente de descontração, alegria, divertimento e aliando a seriedade contida nessas ações, de FORMAÇÃO profissional e pessoal.

Penso que temos conseguido isso, em todo esse tempo e conseguiremos mais.

Atualmente, a coordenação do LEQUAL é dividida. Eu e professora Nyuara Mesquita coordenamos conjuntamente as atividades de orientação, ensino e extensão às quais o LEQUAL participa.

Alguns dados interessantes:

1) Foram formados 05 doutores; 13 mestres; 20 IC.

2) Temos em andamento, 3 doutorados, 10 mestrados e 7 IC.

Todas esses números tem nome e data e podem ser vistos, lidos e conhecidos em seus trabalhos em nosso site: em www.lequal.com.br

Agradeço imensamente todos os LEQUALIANOS e AGREGADOS que durante esses 9 anos fortalecem e fortaleceram o LEQUAL.

PARABÉNS PARA NÓS.

Márlon e Nyuara.