segunda-feira, 18 de julho de 2011

HADDAD É CONTRA CONTRATAÇÃO DE PROFESSOR UNIVERSITÁRIO SEM PÓS

GOIÂNIA - ANO I - 86
 
Olá Químicos e Agregados,
 
Estou de férias, mas não estou parado.
 
Trago hoje uma reportagem da Folha de São Paulo sobre o título desse post. Volto nos comentários do blog.
 
DA FOLHA DE SÃO PAULO
 
O ministro da Educação Fernando Haddad afirmou nesta quinta-feira que é contra o projeto de lei da Comissão de Serviços de Infraestrutura que altera a LDB (Lei de Diretrizes e Bases) e permite a contratação de professores em universidades públicas e privadas sem título de mestrado ou doutorado.

"O PL está na contramão do que o PNE [Plano Nacional da Educação] quer", disse Fernando Haddad durante sua palestra, na 63a reunião anual da SBPC, que acontece em Goiânia. "É óbvio que o ministério entende que quem está no mercado de trabalho [e não tem titulação de pós] deve ser valorizado para dar aula. Mas isso deve ser a exceção e não a regra", completou o ministro. Uma das justificativas do PL é permitir a contratação de profissionais de "notório saber" que não são absorvidos nas universidades em razão da exigência de títulos.

CRÍTICAS NA SBPC
No primeiro dia do encontro da SBPC, a presidente da instituição, Helena Nader, já havia criticado o projeto. De acordo com ela, se o PL for aprovado, todo o sistema de ensino brasileiro será fragilizado. "Não podemos admitir a possibilidade de esse projeto vir a se tornar lei", disse Nader.

O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), relator da proposta na Comissão de Educação, argumenta que faltam docentes para a educação superior. "É de se perguntar se havia doutores diplomados no alvorecer de Bolonha, Oxford, Harvard e Coimbra", afirmou Dias, em seu parecer favorável ao projeto. "Precisamos olhar para as grandes universidades do mundo hoje, como Harvard, e ver que elas estão seguindo o caminho oposto [ao que propõe o PL]", disse o ministro Fernando Haddad.

O projeto ainda deverá passar pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Caso seja aprovado em plenário, será avaliado pela Câmara dos Deputados.

Comentário do blog.
Fácil essa, né. Esse é o PL 220/10 proposto pelo Senador Álvaro Dias (PSDB). Fica claro que ele favorece os interesses das universidades particulares, pois a LDB é clara em dizer que em nível superior, o professor deve ter ou mestrado ou doutorado. Caso o professor não tenha tal título, as universidades particulares não precisariam mais ter que obedecer as exigências mínimas, ou seja, ter em seus quadros, uma parte de mestres ou doutores. Sacaram?
Assim, podem pagar menos e não precisam pagar os professores que se especializam.
Nas Federais não vejo isso como um problema. Há sempre requisito mínimo em concursos, de mestre ou doutor. A não ser para substituto, é claro.
Por que o projeto se torna uma ameaça ao desenvolvimento? Ora, fica sem sentido o investimento em mestrado e doutorado no país, importante para o seu crescimento. Um mestre ou um doutor não são importantes somente para as universidades federais. São para o país todo, sejam as universidades particulares, sejam as indústrias.
Enfim, idéia ideia pífia.
Abraços a todos.

Um comentário:

  1. Resumo: JEITINHO BRASILEIRO. O que ocorreu e ocorre na educação básica, agora também no nível superior "a política brasileira da DEPRESSÃO"!

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