Olá Químicos e Agregados,
O PISA é um programa internacional de avaliação comparada, cuja principal finalidade é produzir indicadores sobre a efetividade dos sistemas educacionais, avaliando o desempenho de alunos na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
Esse programa é desenvolvido e coordenado internacionalmente pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), havendo em cada país participante uma coordenação nacional. No Brasil, o PISA é coordenado pelo Inep – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais “Anísio Teixeira”.
Pois bem. o PISA é realizado para matemática, leitura e Ciências, nosso foco. Em ciências, no ano de 2009, útlimo PISA, ficamos em 53° lugar no total de 65 países. Nossa nota média foi de 405 pontos. O primeiro lugar, Xangai (China) teve nota média de 575 e o segundo lugar, Finlândia, teve nota média de 554 pontos.
Dentre os 57 países que tiveram uma pequena melhora do exame de 2006 para o de 2009, o Brasil foi o país que obteve o quinto maior crescimento, cerca de 15 pontos de média, sendo ainda o país que mais aumentou a nota na américa latina.
Porém, se tirarmos as escolas públicas estaduais e as municipais, deixando a nota somente das escolas públicas federais, ficaríamos entre os 10 melhores colocados. O que isso nos mostra? Que o exemplo federal é aquele a ser seguido, ou seja, remuneração de qualidade, estrutura na carreira, dedicação exclusiva e estrutura escolar adequada ao desenvolvimento do próprio professor, o que inclui a formação continuada.
Um outro dado do PISA 2009 foi que os sistemas que tiveram melhor nota e portanto, maior sucesso no exame, têm um gasto maior na educação em relação ao PIB e REMUNERAM MELHOR OS PROFESSORES. Ou seja, essa falácia de alguns economistas da educação, como Gustavo Iochpe, por exemplo, de que o aumento do salário do professor não é o principal aspecto para a melhoria do ensino parece cair por terra com os resultados do PISA.
Chega a ser impressionante o quanto é óbvio o que se tem que fazer para melhorar a educação no Brasil. Com pequenas ações de formação, bolsas e inclusão, estamos aumentando a nota desde 2003. Falta o salto principal, tornar a profissão de professor, atrativa FINANCEIRAMENTE.
Devemos unir o útil, que são os alunos que gostam de ser professores, com o agradável, ou seja, ganhar bem para fazer o que gosta, especificamente, ministrar aulas.
Falta vontade política?
Esse cara é bom mesmo. - Parabéns Dr. Márlon pelo artigo. Muito bom mesmo.
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