MUDANÇAS NA CARREIRA DO PROFESSOR - PARTE II - REMUNERAÇÕES POR TITULAÇÃO.

Olá Químicos e Agregados.

No post anterior argumentei sobre a necessidade de um bom salário para tornar a carreira atrativa para os jovens. No entanto, além do salário ser atrativo, deve haver mecanismos que mantenham as pessoas na carreira, evitando migração e evasão. Um bom salário, como o proposto no post anterior é um aspecto, mas temos que valorizar também a constante formação continuada do professor.

Isto é, não adianta oferecer uma série de cursos de formação continuada se eles não trouxerem benefícios imediatos na carreira. Ué, mas os estados não valorizam aqueles professores que fazem especialização e mestrado?

Aparentemente sim. Há um pequeno aumento salarial e mudança no nível da carreira. Em alguns estados, como Goiás, essa ascenção demora até 2 anos, dependendo sempre da boa vontade do governador. Na carreira federal, por exemplo, tais ascenções são automáticas a partir da apresentação do título. Em outros estados tal aspecto não parece ser muito diferente do estado de Goiás.

Assim, minha proposta, seguindo a anterior, não tem nada de mirabolante:

Nível I (Licenciatura Plena) = R$ 3.000,00

Nível II (Licenciatura Plena + Especialização) = R$ 3.450,00 (15% sobre o nível I)

Nìvel III (Licenciatura Plena + Mestrado) = R$ 4.035,00 (30% sobre o nível II)

Nível IV (Licenciatura Plena + Doutorado) = R$ 6.052,00 (50% sobre o nível III)

Nossa, mas se considerarmos a quantidade de professores que temos, salários como esse vão acabar com a receita dos municípios e do estado, certo?

Errado. Enquanto o salário do professor for encarado como rombo na folha e não como investimento, estaremos fadados ao atraso.

Voltarei em outro post para discutirmos remuneração por tempo de carreira.