quinta-feira, 17 de março de 2011

LIMITES DE ALUNOS EM SALA DE AULA - DE NOVO

GOIÂNIA - ANO I - 56

Olá Químicos e Agregados.

Muitos leitores do blog e alunos do curso de licenciatura estão perguntando de onde tirei a idéia de que o secretário da educação possa estar errado.

O tema é muito polêmico. Há uma infinidade de artigos que defendem o que o secretário falou (no entanto a média de alunos em sala de aula varia entre 20 e 40, portanto, aquém do que discute) e há o mesmo número de artigos que defendem o contrário, ou seja, faz diferença uma sala mais cheia.

De qualquer forma, acessem um artigo que discute a aponta muita coisa em relação a isso:


Nele, fica claro que o tema é controverso, existindo resultados conflitantes.

Assim, um secretário não pode tomar decisões que afetam o professor e os alunos sem uma ampla discussão, ouvindo as diferentes opiniões.

É isso. Por enquanto...



3 comentários:

  1. Conheça a Campanha contra a Aids deste Carnaval: www.camisinhaeuvou.com.br
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    Para mais informações: comunicacao@saude.gov.br ou www.formspring.me/minsaude
    Obrigado,
    Ministério da Saúde

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  2. E qual relação tem a campanha do ministério da saúde com o limite de alunos em sala de aula?

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  3. Lei polêmica para a Educação ou simplesmente do sexo dos anjos

    A 24 de fevereiro de 2011, entrou em vigor a lei complementar nº 82, que deixa a cargo da escola particular estipular o número máximo de alunos na sala de aula, revogando assim a lei anterior que limitava esse número em 40 alunos. Bem característico de nossa democracia, a referida lei veio de cima para baixo. Mesmo tendo sido 'teoricamente' apreciada e aprovada (teoricamente porque tem deputado que nem sabe da existência da mesma), não representa a decisão da maioria da população, não representa muito menos a vontade dos mais envolvidos, os professores e os alunos. Ela atende tão somente aos anseios do donos das escolas particulares. E isso é fato.
    Na opinião do deputado petista Mauro Rubem, a aprovação da nova lei visa apenas transformar a educação em uma mercadoria onde a quantidade de alunos é o comércio. "Não bastasse a precariedade do ensino público, ainda temos que encarar medidas como essa que fortalecem a ideia de que o lucro deve prevalecer sobre as questões primordiais, como é o caso da educação". O O deputado evidenciou também a preocupante falta de interesse do autor da lei, Thiago Peixoto, em discutir o projeto com as entidades e sociedade civil e debater a medida na casa ou por meio de audiência públicas, além de ter desconsiderado o parecer contrário do Conselho Estadual de Educação.
    O fato é que diante do óbvio, sempre vacilamos entre a validade da discussão e o ímpeto que nos toma de partir logo para a ignorância. Acho que isso já aconteceu com de todo mundo pelo uma vez na vida. Foi exatamente essa a minha experiência ao saber que o senhor Bruno Peixoto, secretário estadual da educação e ilustre erudito das ciências educacionais, disse que limitar o número de alunos nas salas de aula das escolas particulares seria um ato conta à democracia, porque restringiria o acesso dos educandos à escola particular. Fez questão de explicar aos ignorantes que não há relação de causalidade entre qualidade da educação e o excesso de alunos na sala de aula. PQP... Nosso secretário não só está partindo para a ignorância, mas, sobretudo, permanecendo dentro dela.
    Pensar que não existe relação entre o número de alunos numa sala de sala e a qualidade do processo de ensino aprendizagem revela total desconhecimento de alguns dos princípios mais caros à pedagogia contemporânea. Significa ignorar, por exemplo, a diferença gritante de concepções e aplicabilidade entre aula e palestra; entre construção significativa e dialógica do conhecimento e mera exposição verbal de informações (que é o que dá para fazer numa sala lotada de alunos); entre um conjunto orgânico de práticas voltadas para uma formação integral (porque política, cognitiva, espiritual, afetiva, ética e estética) do ser humano e um amontoado de processos que se dão de modo mecânico e descontextualizado, porque voltado apenas para o passado (ou apenas para o futuro representado pelo vestibular), em que a tradição se justifica apenas por ser tradição, e nada mais. Significa ignorar, enfim, a diferença entre querer construir uma educação básica de fato de qualidade, para todos e compromissada com a consolidação da cidadania, e querer apenas (e quando muito) praticar a velha ladainha dos livros didáticos, aplicando cegamente um currículo anacrônico, desarticulado, feito às pressas nos gabinetes das grandes editoras e não raro, desprovido de qualquer relação com a vida.

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