GOIÂNIA - ANO I - 60
DA REUTERS
Países tradicionalmente fortes em pesquisa científica, caso dos Estados Unidos, Japão e nações europeias, estão perdendo seus postos para os emergentes, entre eles o Brasil, e outras nações que até então não se destacavam nessa área.
Embora os EUA continuem na liderança, a participação norte-americana em termos mundiais, na publicação de estudos científicos entre 1993-2003 e 2004-2008, caiu de 26% para 21%.
A China encostou e ficou em segundo lugar, um salto da sexta para a segunda posição, com 10,2%. Em terceiro, continua o Reino Unido, mas com 6,5%, contra os 7,1% anteriormente registrados.
Apresentado nesta segunda-feira, o levantamento foi feito a pedido da Royal Society, a academia nacional de ciência britânica. "O cenário científico está mudando. A Ciência está crescendo e surgem novos jogadores", comenta Llewellyn Smith, presidente do grupo responsável pela coleta de dados. Segundo Smith, entre 2002 e 2007, os investimentos em pesquisa científica cresceram cerca de 45%, mas nos países em desenvolvimento esse percentual beirou os 100%, principalmente na China.
BRASIL
Índia, Coreia do Sul e Brasil são outros países citados como grandes investidores na área científica, baseado nos investimentos que são projetados para o futuro.
O relatório "Conhecimento, Redes e Nações: Colaboração Científica Global no Século 21", que também está disponível na internet, menciona que o primeiro forma 2,5 milhões de graduados em ciência e engenharia a cada ano.
O Brasil é citado pela estimativa de injetar em pesquisa, até 2022, 2,5% do seu PIB (Produto Interno Bruto), mais do que o 1,4% em 2007.
O caso do Irã ilustra o investimento que está sendo feito em pesquisa científica. Em 1996, 736 estudos foram publicados. Em 2008, esse número pulou para 13.238, um reflexo dos 4% do PIB que serão desviados para o setor até 2030 --em 2006, era de 0,59%.
Na Turquia, a quantidade de cientistas cresceu 43% e, em 2008, quatro vezes mais estudos foram publicados quando comparado a 1996.
Na Tunisia, também houve um aumento substancial com 624 unidades de pesquisa e 139 laboratórios criados no período pesquisado.
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